O concelho de Amares parece ter sido um dos refúgios mais seguro dos cristãos, logo após a invasão moura, no século VIII. O desenvolvimento da região ficou marcado desde a fundação da nacionalidade, pelas ordens religiosas que aqui se instalaram, como a Ordem Beniditina que fundou o Mosteiro de Rendufe, no século XI, e a Ordem de Cister que instituiu o Mosteiro de Santa Maria do Bouro, no século XII.
O concelho de Amares, recebeu foral em 1514, está situado no coração do Minho, com os seus 83 Km2 encostados aos contrafortes da Serra do Gerês, estende-se em vales verdejantes até confinar com os rios Homem e Cavado.
Composto actualmente por 24 freguesias: Amares, Barreiros, Besteiros, Bico, Bouro Santa Maria, Bouro Santa Marta, Caíres, Caldelas, Carrazedo, Dornelas, Ferreiros, Fiscal, Figueiredo, Goães, Lago, Paranhos, Paredes Secas, Portela, Proselo, Rendufe, Sequeiros, Seramil, Torre e Vilela, é o resultado da reforma administrativa do séc. XIX, que anexou o concelho de Entre-o-Homem e Cavado.
O nome de Amares surge mencionado no livro “Mumadona” de Guimarães no ano 960 e, pelas suas características hidroorográficas.
Da sua remota antiguidade falam, por exemplo, o percurso da estrada romana da “Geira” (e seus marcos milenários), que ligava Braga a Astorga; os diversos castros, dos quais destacamos o de Lago e o de Amares, a Ponte do Porto (embora de traça medieva, possui elementos romanos), a Ponte de Rodas e outros interessantes vestígios de romanização em Caldelas, onde teriam existido umas termas.
No período medieval esta terra teve grande importância e foi berço de personagens e famílias que a História recorda, como D. Gualdim Pais, primeiro Mestre da Ordem dos Templários, D. Mendo Moniz, que à machadada arrombou as portas do castelo de Santarém, e ao qual D. Afonso Henriques concedeu o privilégio de usar o nome de Machado.